Bach não se julgava “gênio” no sentido em
que se julgavam assim um Beethoven ou um Wagner e tantos artistas modernos. Era
um artesão que dominava completamente sua profissão. Nunca escreveu para
“exprimir-se”, com farão os românticos. Só escreveu por encomenda, para fins
litúrgicos (semanalmente uma Cantata, durante anos), para a corte e para o
ensino. Daí a estrutura didática de tantas obras suas [...]. Mas tudo isso não
quer dizer que Bach tivesse ignorado sua própria importância. Observa-se que em
nada menos que trinta e sete obras de toda a espécie usa como tema as notas si
bemol-la-do-si, isto é, em anotação alemã, B-A-C-H. Eternizou seu nome...
Carpeaux, Otto Maria (1900-1978)
Uma nova história
da música. Brasília: Alhambra, 1977, p 89
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