Tina Modotti (1896-1942) |
Coletânea de excertos sobre as várias faces do trabalho, escolhidos a partir de muitas e prazerosas leituras de textos literários e afins (com algumas ilustrações)
terça-feira, 31 de julho de 2018
segunda-feira, 30 de julho de 2018
domingo, 29 de julho de 2018
Exército dos torturados
Não se trata de bestas atormentadas [...].
Trata-se de vinte lenhadores, de vinte lenhadores que uivam. São pendurados por
três ou quatro horas, porque nem hoje, nem ontem, nem anteontem, produziram as
toneladas de acaju que lhes correspondem. Vocês são uns pobres inocentes, uns
ignorantes, mas dentro de três dias saberão o que são quatro toneladas. Duas
toneladas é a produção normal de um lenhador experimentado e forte como um boi.
E agora o cafajeste do Don Acácio quer que derrubemos quatro toneladas por dia.
Quem não pode, penduram numa árvore, amarrado pelos quatro membros, e até mesmo
pelos cinco, durante a metade da noite...Então os mosquitos chegam rondando,
porque a coisa ocorre na beira dos pântanos, sem contar as formigas vermelhas,
que chegam aos batalhões. Mas não necessito de lhes dar mais detalhes, em menos
de uma semana vocês saberão tanto quanto eu e por experiência própria. A partir
de então, serão iniciados em todos os mistérios de uma montaria pertencente aos
irmãos Montellano; serão soldados do exército dos torturados. [...]
Antes nos batiam selvagemente quando não podíamos
derrubar duas toneladas, mas chegamos a nos acostumar, e isso de nada lhes
servia. Ao contrário, quanto mais nos batiam menos produzíamos. É por isso que
os Montellano inventaram nos pendurar. É horrível, espantoso, mas somente
enquanto se está pendurado. No dia seguinte já se pode trabalhar e derrubar as
quatro toneladas. Esta nova invenção lhes deu resultado realmente eficaz,
porque a lembrança, só a lembrança do sofrimento e o medo de ser pendurado novamente,
fazem-te arranjar forças para derrubar as quatro toneladas, ainda que, na
primeira, já tenhas as mãos esfoladas. Só que nós já atingimos o limite e breve
a nova invenção também será inútil. Com Celso, por exemplo, já não existe o que
fazer. Depois de estar pendurado quatro horas, Celso gritou para Guapo, que se
aproximou para soltá-lo: “Eh filho da puta, chegas justamente quando melhor me
sinto; eu estava adormecendo e te ocorre perturbar meu sono, poltrão!”. Celso
foi o primeiro, agora somos seis. O segredo consiste em que os homens podem
chegar a ser bois ou asnos e ficar impassíveis quando lhes espancam ou incitam,
sempre que tenham conseguido afastar de dentro de si todo instinto de revolta.
B. Traven (1882-1969)
A rebelião dos torturados. Tradução de Carlos
Alberto Oliveira Santos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1965. p 58-60.
sábado, 28 de julho de 2018
A fotografia é minha vida
Para tirar boas fotos, é preciso sentir muito
prazer. É impossível passar cinco anos de sua vida na África sem de fato gostar
desse continente. Inútil obrigar-se a contemplar pessoas trabalhando se isso
não o interessa. Para ficar vários meses dentro de uma mina, é preciso ter uma
motivação real. É preciso amar aquilo. Todos os que convivem com um fotógrafo
sabem disso: a coisa mais maçante do mundo é acompanhá-lo. Ele pode passar
horas a fio no mesmo lugar, os olhos cravados no visor. Adoro ficar assim, por
horas, espreitando, enquadrando, trabalhando a fundo a luminosidade. Depois
tudo acontece no laboratório. Trata-se de reconstituir minhas emoções numa
linguagem que não é real -pois o preto e branco é uma abstração- por meio da
gama de cinza do filme fotográfico. Antigamente, eu mesmo me dava esse prazer,
sozinho no laboratório, mas hoje confio a revelação a Dominique Granier.
Salgado, Sebastião (1944- )
Da minha terra à Terra. Tradução de Julia
da Rosa Simões. São Paulo: Paralela, 2014. p 49.
sexta-feira, 27 de julho de 2018
Você está estrangulando o violino!
Os professores acompanham a execução de seus
alunos, avaliando a qualidade do som produzido. Uma parte importante de seu
trabalho é identificar como os movimentos do aluno interferem na sonoridade. Às
vezes, isso não é óbvio, como nos exemplos a seguir, observados em aulas de
violino e violoncelo em grupo.
O aluno toca o trecho uma vez. “Está estranho”,
diz a professora que anda à sua volta, abaixa-se, inclina acabeça para enxergar
entre a mão esquerda e o braço, toca levemente a mão do arco... Ela corrige a
pega do arco, indica onde colocar o peso, a orientação dos dedos, e ele repete
o trecho. A professora faz o aluno largar seu violino e arco: ele vai simular a
posição da mão esquerda necessária para as notas especificadas na partitura
apoiando seus dedos sobre o antebraço direito. Enquanto isso, ela corrige a
pressão do polegar e os movimentos do anular e mínimo. Depois de corrigido o
movimento da mão esquerda, montada a forma, o aluno repete o trecho tocando no
instrumento. “Melhorou”; no entanto a professora identifica outro problema: o
aluno está “pulando”, isto é, deixando de tocar uma nota. Como a causa não está
aparente, eles repetem até que ela descobre o problema -o peso do quinto dedo
da mão direita sobre o arco. Ela dá um apertão no dedinho, “para ele acordar!”
Em outro exemplo, a professora olha
atentamente o aluno de 8 anos que empunha seu violino. “Acho que já descobri o
que está acontecendo: esta mão não pode encostar aqui, tem que ficar longe!”
Vários professores recorrem ao artifício de
interromper subitamente a execução para avaliar se a posição está correta. Por
exemplo, enquanto ao aluno toca uma escala, o professor assiste e subitamente
dispara: “Estátua!” Ele se desloca ao redor do aluno “congelado” e avalia, ao
mesmo tempo que afasta os dedos do aluno eum do outro: Você às vezes esquece de
abrir a mão! Sabe o que vai acontecer? A afinação vai, ó...”.
Vezzá, Flora
Afinar o movimento.
Educação do corpo no ensino de instrumentos musicais. São Paulo: SESI-SP
editora, 2018. p 67-8
quinta-feira, 26 de julho de 2018
quarta-feira, 25 de julho de 2018
Contradição
O mesmo espírito burguês que louva, como
fator de aumento da força produtiva, a divisão manufatureira do trabalho, a
condenação do trabalhador a executar perpetuamente uma operação parcial e sua
subordinação completa ao capitalista, com a mesma ênfase denuncia todo controle
e regulamentação sociais conscientes do processo de produção como um ataque aos
invioláveis direitos de propriedade, de liberdade e de iniciativa do gênio
capitalista. É curioso que o argumento mais forte até agora encontrado pelos
apologistas entusiastas do sistema de fé, contra qualquer organização geral do
trabalho social, seja o de que esta transformaria toda sociedade numa fábrica.
Na sociedade em que rege o modo capitalista
de produção condicionam-se reciprocamente a anarquia da divisão social do trabalho
e o despotismo da divisão manufatureira do trabalho.
Marx, Karl (1818-1883)
O Capital. Livro Primeiro, volume 1. Tradução
de Reginaldo Sant’Anna. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1971, p 408.
O filho do açougueiro
Na loja, os fregueses faziam a alegria dele e
de minha mãe ao falar do prazer que sentiam em ver como o garotinho para quem
costumavam trazer doces [...] se transformara diante de seus olhos num jovem
educado e bem-falante que moía a carne para eles, que espalhava e varria a
serragem no chão, que arrancva zelosamente as penas que ainda restavam dos
pescoços das galinhas, penduradas por ganchos à parede quando seu pai lhe
dizia: “Markie, capricha aí em duas galinhas para a senhora fulana de tal”. Nos
sete meses anteriores à minha entrada na universidade, ele me deu mais do que
carne para moer e galinhas para aprontar. Ensinou-me a pegar uma costela de
cordeiro e separar as costeletas, talhando cada uma e, ao atingir o fundo, usar
o cutelo para afastá-las do resto. E me ensinava sempre da forma mais
tranquila. “É só não acertar sua mão com o cutelo e tudo bem”, dizia.
Ensinou-me a ser paciente com os fregueses mais exigentes, em especial com
aqueles que precisavam ver a carne de todos os ângulos antes de comprá-la, com
aqueles para os quais eu tinha de erguer a galinha para que literalmente
olhassem o cu da ave a fim de se certificarem de que estava limpo. “Você não
acredita o que algumas dessas mulheres te obrigam a fazer antes de comprar uma
galinha”, ele explicava. E aí as imitava: “Vira ela. Não, pro outro lado. Deixa
eu ver a parte de trás.” Cabia-me não apenas depenar as galinhas mas também eviscerá-las.
Faz-se um corte para abrir um pouco a cloaca, enfia-se a mão e agarram-se as
vísceras puxando-as para fora. Eu odiava essa parte. Nauseabunda e repugnante,
mas tinha de ser feita. Foi isso que aprendi com meu pai e o que adorei
aprender com ele: que a gente faz o que tem de fazer.
Roth, Philip (1933-2018)
Indignação. Tradução de Jorio Dauster.
São Paulo: Companhia de Bolso, 2017. p 13.
segunda-feira, 23 de julho de 2018
domingo, 22 de julho de 2018
O secretário geral
Eis aqui os trabalhos de sua vida:
entre cinco e seis convites diários, ele tinha que escolher a casa onde
encontraria o melhor jantar. Cedo, ia fazer o ministro e sua esposa rirem, na
refeição da manhã acariciava as crianças e brincava com elas. Depois,
trabalhava uma ou duas horas, isto é, acomodava-se numa boa poltrona para ler
os jornais, ditar a orientação de uma carta, receber quando o ministro não
estava, explicar em grosso o trabalho, recolher ou distribuir algumas gotas de
água benta da Corte, dar uma olhada, de monóculo, em petição ou as apostilar
com uma assinatura que queria dizer: “Pouco se me dá, faça como quiser!”. Todos
sabiam que quando Des Lupeaulx se interessava por alguém ou alguma coisa,
tratava pessoalmente do caso. Permitia aos funcionários de alta categoria
algumas palestras íntimas sobre os assuntos delicados e ouvia-lhes os
diz-que-diz ques. De quando em quando, ia ao castelo receber a palavra de
ordem. Afinal, esperava o ministro, quando este voltava da Câmara nos dias de sessão,
a fim de saber se era preciso inventar e dirigir alguma manobra. O ministerial
sibarita vestia-se, jantava e visitava doze ou quinze salões das oito às três
da madrugada. Na Ópera, conversava com os jornalistas, pois estava com eles nas
melhores relações deste mundo; havia entre eles uma contínua troca de pequenos
serviços, impingia-lhes seus boatos e engolia os deles, impedia-os de atacar tal
ou tal ministro sobre tal e tal assunto pois, dizia ele, aquilo causaria um
verdadeiro pesar às esposas ou amantes dos titulares.
Em compensação, quando havia oportunidade,
ele prestava serviço aos redatores, afastava todos os obstáculos para a
representação de uma peça, dava a propósito gratificações ou um bom jantar,
prometia facilitar a conclusão de um negócio. De resto, gostava de literatura e
protegia as artes; tinha autógrafos, magníficos álbuns grátis, esboços,
quadros. Fazia muitos benefícios aos artistas, não os prejudicando, amparando-os
em certas ocasiões nas quais o amor próprio deles exigia uma satisfação pouco
dispendiosa. Por isso tudo, era ele muito querido por toda a gente dos
bastidores, pelos jornalistas e pelos artistas. Antes de mais nada, todos eles
tinham os mesmos vícios e a mesma preguiça; ademais, troçavam tão bem de tudo
entre dois aperitivos ou entre duas dançarinas! Se Des Lupeaulx não tivesse
sido secretário geral, teria sido jornalista. Por isso, na luta dos quinze anos
em que o malho da epigrama abriu a brecha por onde passou a insurreição, jamais
Des Lupeaulx recebeu o mínimo golpe.
Balzac, Honoré de
(1799-1850)
A comédia
humana. Estudos de costumes. Cenas da vida parisiense. Vol XI. Tradução de
Vidal de Oliveira [et alli]. São Paulo: Globo, 1991, p 128-9.
quinta-feira, 19 de julho de 2018
Coragem extrema
É impossível realizar-se um estudo detalhado num grupo de pacientes, durante vários anos, sem que se comece a gostar dos doentes que pesquisamos; e isto é especialmente verdadeiro no que diz respeito aos pós-encefálicos que, enquanto exercitando uma fascinação científica sem fim, tornam-se, com o passar dos anos, cada vez mais e mais queridos a nós como pessoas. Este sentido de afeição nem é estranha ou sentimental. Estudando estes pacientes a gente começa a amá-los e, ao amá-los, passa-se a compreendê-los: a pesquisa, o amor, a compreensão são uma única coisa. Os neurologistas são, quase sempre, vistos como pessoas de sangue frio, descobrindo síndromes como se fossem problemas de palavras cruzadas. Os neurologistas praticamente não ousam reconhecer a emoção - mas ainda assim, a emoção, o calor do sentimento resplandece através de todo trabalho genuíno. Os estudos dos pós-encefálicos realizados por Purdon Martin não são friamente precisos mas sim calorosa e compassivamente precisos. A emoção, que é mantida implícita no texto, torna-se explícita na dedicatória de seu livro: "Para os pacientes pós-encefálicos do Highlands Hospital que me auxiliaram ansiosamente, na esperança de que outras pessoas pudessem se beneficiar com suas vidas irregulares."
Após passar quinze anos de minha vida trabalhando intimamente com estes pacientes, considero-os as pessoas mais sofridas e, apesar disto, as mais nobres que jamais conheci. Suas vidas foram espatifadas e irreparavelmente danificadas. Mas estranhamente, durante todos esses anos, deparei-me com pouca amargura por parte deles; ao contrário, descobri de alguma forma e além de uma explicação, uma imensa afirmação. Nesses pacientes existe uma coragem extrema, que se aproxima do heroico, de vez que foram experimentados ao máximo e assim mesmo sobreviveram.
Sacks, Oliver ( 1933-2015)
Despertando. Rio de Janeiro: Imago, 1988. p 252
Atletas não podem mentir
O esporte agrada porque é um dos poucos lugares onde as pessoas vêem trabalho. Um esportista, sem ser um intelectual ou um artista como na dança, no canto ou na ópera, não pode mentir. O homem político pode mentir, o ator pode mentir. Eu que me apresento ao banqueiro lhe dizendo que vou fazer o melhor filme do mundo e o ator que me diz ' vou atuar como ninguém atua', todos nós podemos criar uma ilusão. No esporte não. Ainda existem verdades: um atleta que fala 'eu salto 2,10 metros', a gente coloca uma barra para ele saltar e vê. Mas para chegar a isso, é preciso muito trabalho, muito treino. É por isso que amamos o esporte. Às vezes se faz algum truque, mas isso não dura muito tempo.
Godard, Jean- Luc (1930-)
Entrevista à Olivier Breton. Tradução de Clara Allain. Folha de São Paulo, 10 de julho de 1994.
quarta-feira, 18 de julho de 2018
Sou lavrador
Sou lavrador
Homem da roça
Vivo cansado, meu Deus
Com a mão grossa
Planto batata
Planto batatinha
Eu raspo mandioca
E faço farinha.
Homem da roça
Vivo cansado, meu Deus
Com a mão grossa
Planto batata
Planto batatinha
Eu raspo mandioca
E faço farinha.
Cantiga das 'descascadeiras" de mandioca da comunidade de Barreiras, em Barrocas- Bahia
CD " Cantos de trabalho". Direção artística: Renata Mattar. SESC SP, 2007.
https://www.youtube.com/watch?v=_oeOYmNTEeY
https://www.youtube.com/watch?v=_oeOYmNTEeY
terça-feira, 17 de julho de 2018
Da escrita obscura
Acho que não se deveria escrever de modo
obscuro, pois um texto tem muito mais valor, e muito mais esperança de ser
difundido e se tornar eterno, quanto melhor for compreendido e quanto menos se
prestar a interpretações equívocas.
[...] Além disso, falar ao próximo numa
linguagem que ele não pode entender pode ser um mau hábito de alguns
revolucionários, mas não é realmente um instrumento revolucionário: ao
contrário, é um antigo artifício repressivo, conhecido de todas as Igrejas,
vício típico de nossa classe política, fundamento de todos os impérios
coloniais. É um modo sutil de impor a própria hierarquia: quando o padre
Cristóforo diz “Omnia munda mundis” (aos
puros, tudo parece puro) em latim a frei Fazio, que não sabia latim, este
último, “ao ouvir aquelas palavras carregadas de um sentido misterioso, e
proferidas tão resolutamente [...] achou que nelas devia estar contida a
solução de todas as suas dúvidas. Então se acalmou e disse: ‘Chega! Ele sabe
mais do que eu’.”
Levi, Primo (1919-1987)
O
ofício alheio. Tradução de Silvia Massimini Felix. São Paulo: Editora Unesp, 2016,
p 55 e 60
segunda-feira, 9 de julho de 2018
sábado, 7 de julho de 2018
domingo, 1 de julho de 2018
O etnógrafo
Imagine-se o leitor sozinho, rodeado apenas
de seu equipamento, numa praia tropical próxima a uma aldeia nativa, vendo a lancha
ou o barco que o trouxe afastar-se no mar e desaparecer de vista.
[...] Imagine-se entrando pela primeira vez
na aldeia, sozinho ou acompanhado de seu guia branco. Alguns dos nativos se reúnem
ao seu redor- principalmente quando sentem cheiro de tabaco. Outros, os mais
velhos e de maior dignidade, continuam sentados onde estão. Seu guia branco
possui uma rotina própria para tratar os nativos; ele não compreende e nem se preocupa
muito com a maneira como você, o etnógrafo, terá de aproximar-se deles.
[...] As informações que me foram dadas por
alguns dos moradores brancos do distrito, apesar de válidas para o meu
trabalho, eram ainda muito decepcionantes. Os brancos, não obstante seus longos
anos de contato com os nativos, e apesar da excelente oportunidade de observá-los
ou comunicar-se com eles, quase nada sabiam sobre eles. [...] Além disso, o
modo como meus informantes brancos se referiam aos nativos e expressavam suas
opiniões revelava, naturalmente, mentes não disciplinadas e, portanto, não
acostumadas a formular seus pensamentos com precisão e coerência. Ainda mais,
em sua maioria, como era de esperar, esses homens tinham preconceitos e opiniões
já sedimentadas, coisas essas inevitáveis no homem comum, seja ele administrador,
missionário ou negociante, mas repulsivas àqueles que buscam uma visão objetiva
e científica da realidade.
Malinowski, Bronislaw Kasper (1884-1942)
Argonautas do Pacífico ocidental: um
relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova
Guiné melanésia. Tradução de Anton P. Carr e Lígia Aparecida Cardieri Mendonça.
São Paulo: Abril Cultural, 1984. p 19-20.
Assinar:
Postagens (Atom)